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Friday, 1 October 2010

Capítulo 16

POV Ashley


Não sei se foi idiotice ter dito a Aya que nós poderíamos cuidar da criança e aceitar isso.
Mas pelo menos ela me contou né? Mas eu não podia deixar ela tirar a vida de alguém que nem nasceu.
E era dela, vinha dela. Isso me deixava um pouco mais feliz, nós nunca poderíamos ter uma filha. Pelo menos não até a ciência avançar bastante. E isso se nós ficássemos juntas por tanto tempo...
O que eu estava pensando agora? Ela teria um filho e nós cuidaríamos dele, é claro que nós ficaríamos juntas! 
Mas será que ela ainda gosta de mim? Ou pior, será que ela gosta dele?
Me revirava o estômago só de pensar nisso. Eu pulei de susto. Merda! Era só meu celular tocando.
"Alô?"
"Oi, Ash." Era o Tom, ele estava com a voz triste.
"O que foi Tom?"
"Eu vou embora hoje."
"Quê? Mas porque você não me disse?"
"Não queria que você reagisse desse jeito. Eu sabia que você faria isso."
"Ah, Tom. Você devia ter me contado. Nós nem aproveitamos nossos últimos momentos juntos."
"Por que você acha que eu estou te ligando?"
"Han? Agora?"
"Sim." Ele riu.
"Quando?"
"Estou na sua porta." Eu olhei pela janela. 


POV Tom


Eu acenei pra ela. Ela me fez um sinal pra esperar e em cinco minutos já estava na minha frente.
"Vamos?"
"Agora." 
Eu só queria conversar com ela, será que ela já sabia? Eu sei que seria ruim se eu fosse embora tendo uma conversa dessas com ela. Mas eu iria me sentir culpado.
Apesar de ainda não ter me decidido direito.
"Pra onde dessa vez?"
"Surpresa."
"Hum... Não gosto muito de surpresas." Eu ri. Quando ela usava esse tom de voz, ela queria dizer o contrário do que estava dizendo.


Eu a levei para o Jardim Botânico.
"Ah, como você sabia que eu gostava desse lugar?"
"Não sabia, era surpresa."
"Que bom, senão não teria tanta graça."
Eu ri. "Você não disse que não gostava de surpresas?"
Ela abaixou a cabeça, eu sabia por quê.
"Ash."
"Quê?"
"Você e a Aya estão bem?"
"Por que está me perguntando isso?" Ela continuava de cabeça baixa.
"Você parece triste, por isso."
"A Aya... Está grávida..." Ufa, ela já sabia. Mas ela não estava tão triste quanto deveria estar se tivesse terminado com ela. "Você sabia?"
"Sabia..."
Ela sorriu. "Não se preocupe, não te culpo por não me contar, eu entendo, ele é sua família."
"E você é minha amiga, na verdade eu queria conversar com você sobre isso. Se você não soubesse eu iria te contar."
"Eu sei. Você sempre é o certo."
"Como assim?"
"Vocês são opostos."
Opostos. "Mas, então o que você fez?" Essa não era hora de falar sobre mim.
"Eu disse à ela pra ter o filho e nós daríamos um jeito."
Não esperava menos do que isso. Eu sorri.
"Você acha que eu sou maluca, né?"
"Não, eu sabia que você faria algo do gênero."
"Isso ainda não responde." Ela suspirou. "Você acha que eu fiz a coisa certa?"
"Essa pergunta quem responde não sou eu."
Ela suspirou de novo. "Eu sei. Mas eu não sei se estou sendo idiota aceitando isso."
"Você a ama não é?"
"Sim."
"Então, é a coisa certa."
Ela sorriu. "Obrigada Tom."
Isso ainda estava longe de acabar, eu sabia.


POV Aya


"Por acaso isso é algum tipo de brincadeira?"
"Han..."
"O que isso estava fazendo na sua lixeira?"
"Eeer..."
"Aya Hitch! É melhor você me dar alguma explicação agora!"
Eu não sabia o que dizer a ela. 
"Droga. Alô?"
"Aya desliga esse telefone agora!"
"Aya, tá tudo bem aí?"
"Quem é?"
"É o Tom."
"Aya! Desliga esse telefone!"
"O que você quer?!"
"Conversar com você. Se estiver com problemas aí é só sair de casa, eu estou aqui fora." 
Desliguei o telefone. 
"Onde diabos você pensa que está indo Aya?"
"Não te interessa! E será que você parou pra pensar que isso pode não ser meu? Será que você é uma mãe tão ruim assim?"
Ela ficou muda. Aproveitei e sai correndo pra fora de casa.
Lá fora eu o vi encostado num Audi. 
"O que você quer?"
"Acho que você devia ser mais simpática com quem acabou de te salvar de um confronto familiar."
"O que você quer, fala logo Tom antes que eu perca a paciência."
Ele me fitou por alguns instantes. "É sobre o Oli."
Ai. Só de escutar o nome dele, meu coração apertou. "O que tem ele?"
"Bem, eu sou o irmão dele. Resumindo, eu sei. De tudo."
Droga, eu sei que ele provavelmente deveria saber. Só que isso nunca tinha me incomodado, já que eu nunca pensei que ele viria falar comigo. "O que você quer?" E cruzei os braços.
"Eu só quero te ajudar."
"Me ajudar?"
"Eu posso te ajudar de dois jeitos." Ele numerou com os dedos. "Um! Eu posso ajudar financeiramente, não que o Oliver já não fosse fazer isso, mas dinheiro nunca é demais. E, dois! Eu posso falar com ele."
"Falar com ele?"
"Ele gosta de você, então convencê-lo não vai ser difícil."
E o quê agora?

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