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Monday, 5 September 2011
Capítulo 28
POV Tom
Eu já estava acordado há algum tempo e estava observando a Ash dormindo, não me preocupei muito com os dois nos descobrindo porque os ouvi chegando e subiram correndo as escadas. Não deviam se preocupar com a gente até o dia seguinte.
O que me faz pensar que eu nunca pensei como isso agora vai funcionar. Quer dizer, éramos melhores amigos, agora... Não sei exatamente o que somos, e se eles vão descobrir de qualquer jeito, como contaremos pra eles? Se contaremos.
Minha cabeça estava uma bagunça, ok, nós fazíamos sexo agora. Mas nunca parei quanto aos sentimentos. Será que ela queria algo mais de mim?
O que eu sinto agora, não é e na verdade nunca foi algo que se deveria sentir por uma melhor amiga. E conforme a conheci mais se intensificou.
Até agora só fizemos sexo e não paramos um segundo pra falar sobre sentimentos.
Escutei um grunhido, ela estava se espreguiçando pra acordar. "Bom dia." Eu respondi, sem tentar deixar transparecer muito a frustração na minha voz.
"Bom dia." Ela disse ainda se espreguiçando, levantou e foi direto pro banheiro.
Sabe, não que eu não achasse ela gostosa, afinal, qualquer idiota via isso, e o corpo dela é incrível. Também, até agora só tive tempo pra pensar nisso. Mas há quanto tempo eu já gosto dela? Não sei dizer.
POV Ashley
Acordei e fui direto pro banheiro, pra minha rotina. Só que dessa vez, meu melhor amigo estava só de cueca olhando pela minha janela.
Eu saí do banheiro, ele desviou o olhar pra mim e voltou a olhar pela janela.
Eu nunca tinha reparado, quer dizer... Já, mas nunca prestei atenção exatamente, em como ele era bonito. Ele não era tão magro quanto o Oli, mas também não passava do peso normal. Diria que o corpo dele, tinha o tamanho ideal. Nem tão magro, nem tão gordo.
Suas marcas de nascença debaixo dos olhos, meio avermelhadas parecendo machucados se não olhados de perto, combinavam perfeitamente com seus olhos verdes, e sua pequena franja caindo perfeitamente emoldurando o resto de seu rosto.
Huh? De repente eu estava com um sorriso idiota, reparando em todos os detalhes de seu corpo. Na verdade, só agora fui perceber que ele parecia preocupado, pensativo, frustrado? Ou uma mistura dos três enquanto olhava pela janela.
"O que foi?"
"Hum?" Ele pareceu surpreso, devia estar mergulhado em seus pensamentos. "Nada."
"Eu conheço esse nada. Vai mesmo me fazer insistir?"
"É só que..." Esperei ele continuar, parecia procurar as palavras. "Eu estava pensando..." Ele se virou pra mim.
"O que nós fazemos... Quer dizer... Como ficamos agora?" Ok, eu realmente fiquei surpresa, não tinha pensado nisso antes, pensando agora, não dizer o que somos.
Eu balancei minha cabeça negativamente. "Eu, não sei..." Ele abaixou a cabeça.
"Foi o que pensei."
"Por favor, não fale assim..." Não queria ter dito isso desse jeito, minha voz soou quase como uma súplica desesperada. Eu sabia que ele tinha sentido a dor na minha voz.
"Ash..." Sua expressão agora meio triste. As lágrimas queimando os meus olhos, eu realmente não queria chorar agora, respirei fundo e segurei meu choro.
Ele suspirou. "Eu estive pensando, até agora, tudo que nós fizemos foi fazer sexo, sem compromisso. Quando acordei hoje, tudo começou a rodar na minha cabeça. Eu não sei o que somos agora. E se vamos continuar agindo assim, eu preciso saber... O que você sente por mim?"
Quando ele terminou a sua última frase, eu comecei a soluçar, as lágrimas caindo do meu rosto rapidamente. Eu não sabia responder a essa pergunta.
Nós já havíamos ido longe demais. E eu nem sequer sei o que sinto por ele, eu só sei que quando o vi corando, a única coisa que queria era tê-lo naquele momento. Mas essa vontade não passou, era óbvio que ele sentia algo a mais por mim. Mas eu não sabia se sentia o mesmo.
Quer dizer. É óbvio que eu sinto algo por ele, mas...
Seus braços me envolveram e ele me abraçou forte, quase como se quisesse me proteger de mim mesma, quase achei que ele podia ler minha mente e sabia tudo que estava pensando, pra agir do jeito que agiu. Eu sempre precisei que alguém me protegesse desse jeito. Eu sempre tive medo do mundo. Mas eu nunca mostrei isso a ninguém, nem poderia. Todos sempre me viam como uma pessoa forte, e era assim que eu queria que minha imagem continuasse.
"Tommy..." Eu disse entre soluços.
Ele afrouxou um pouco seus braços pra poder olhar pra mim, ainda me abraçando forte. "Obrigada." Minha voz saiu falhada quase inaudível.
Ele sorriu. "Você é minha melhor amiga, é meu trabalho." E beijou minha testa. Não pude evitar, comecei a chorar mais descontrolada do que antes.
POV Aya
Eu estava escutando um barulho meio baixo, parecia... Alguém chorando, imaginei que fosse do vizinho, até perceber que estava vindo do final do corredor.
Eu levantei num pulo, e vesti minhas roupas correndo. O meu salto da cama, fez o Oli acordar assustado. "O que foi?"
"Acho que a Ash está chorando." Mas pensando agora, e se la estiver com o Tom, acho que não devo interromper. Meu rosto mudando pra uma expressão de dor, preocupada.
"Ay? O que houve?" Agora ele estava preocupado comigo também.
"Não sei. Não sei se o Tom está com ela, não sei se devo ir lá."
Ele olhou pra baixo. "Entendo... Então, o que fazemos?"
Eu suspirei e me sentei na cama me jogando nela. "Esperamos."
POV Tom
"O que você sente por mim?"
Agora a água que estava em seus olhos, começaram a descer rapidamente, ela afundou seu rosto nas mãos e começou a soluçar, como uma criança.
Como um mecanismo eu envolvi meus braços em volta dela abraçando-a forte. Só queria protegê-la de qualquer pensamento ruim que estive passando pela sua cabeça.
"Tommy..." Ela disse ainda soluçando. Afrouxei meus braços o suficiente pra poder olhar seu rosto. "Obrigada." Quase não pude ouvir sua voz, ela disse como se fosse uma criança que tinha acabado de admitir sua culpa pedindo desculpas à alguém.
Um sorriso apareceu em meu rosto. "Você é minha melhor amiga, é meu trabalho." E beijei sua testa. gora seu choro continuava ainda mais descontrolado.
Eu só esperava que isso não acordasse os dois e os fizesse virem até aqui. De repente, seu choro começou a cessar um pouco, como se ela quisesse cessá-lo forçadamente.
"Tommy..." Dessa vez sua voz era doce, suas lágrimas já haviam cessado, mas seu rosto ainda estava encharcado como se ainda estivesse chorando.
Eu sorri pra ela esperando o que ela ia dizer.
Sua expressão se transformou para uma que eu nunca havia visto antes. Fiquei confuso por uns segundos, quando ela abriu a boca pra falar mas não emitiu nenhum som, continuou com a boca aberta e então finalmente disse algo.
"Eu te amo..." Eu arregalei meus olhos, olhando incrédulo para ela, não sabia como reagir, não esperava nada disso que estava acontecendo. Continuei parado, olhando do mesmo jeito pra ela. Não conseguia reagir.
Abri minha boca, esperando que eu dissesse alguma coisa, qualquer coisa, mas não saia som algum.
Ela se afastou um pouco de mim, fazendo meus braços afrouxarem um pouco mais. Ela colocou sua mão direita em meu rosto e sorriu pra mim, com a mesma expressão de antes. Ela alisou meu rosto e antes que pudesse evitar, uma lágrima rolou pelo meu rosto. Ela simplesmente a secou com o seu dedão.
E então meu corpo finalmente respondeu. Eu a abracei forte do mesmo jeito de antes, abaixei minha cabeça encostando meu queixo no seu ombro. Minha boca se moveu e dessa vez, emiti algum som.
"Eu te amo." Disse com minha boca ao lado seu ouvido e antes que pudesse perceber, estávamos deitados na cama de novo, nos beijando.
Mas dessa vez, era diferente. Não esperávamos consumir o corpo um do outro, entramos em perfeita sintonia. Sua respiração e seus gemidos, soavam como a mais linda melodia que já havia ouvido.
Enquanto nossos corpos se sincronizavam em movimentos, sussurrávamos 'eu te amo' mutuamente. Nossos orgasmos também sincronizados. Por fim, nos beijamos.
Ela colocou sua mão direita em meu rosto, acariciando-o, e com um sorriso no rosto que eu também nunca havia visto.
Ela me abraçou pelo pescoço de repente obrigando minha cabeça a quase afundar no travesseiro. "Prometa que nunca vai me deixar."
Eu dei uma risada baixa. "Não pretendia." E começamos o processo todo de novo.
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