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Friday, 1 October 2010

Capítulo 14

POV Ashley


Ok Ashley, coragem. O Tom tem razão, eu preciso falar com ela logo, quanto mais eu esperar, mais eu vou remoer isso até não aguentar mais e explodir.
Merda! Pára de chorar! 
Eu preciso falar com ela. Eu engoli o choro e disquei os números o mais lentamente possível.
"Alô?"
"Oi, Sarah é a Ashley" Ela fez silêncio do outro lado da linha, eu só a chamava pelo nome quando era algo sério.
"A Aya não está." Como assim ela não estava?!
"Você sabe pra onde ela foi?"
"Hum. Não, a campainha tocou e ela saiu correndo. Ela deve ter saído com alguém, mas não deu tempo de ver com quem era." 
Por que será que eu sabia que ele estava no meio de novo? "Obrigada Sarah."
"Quer que eu diga que você ligou?"
"Não, obrigada."
"Tá então..."
"Você pode me fazer um favor?"
"... O quê?"
"Quando ela chegar você pode me ligar?" Ela fez uma pausa do outro lado da linha, devia estar tentando entender o que eu estava querendo fazer.
"Claro. Vocês brigaram?"
"Não. Mas eu acho que ela está me escondendo algo."
"Sabe, eu tenho pensado a mesma coisa. Ela anda tão estranha nessa última semana. Tem certeza que você não sabe de nada?"
E de novo aqueles pensamentos começaram a me atormentar. "Eu tenho uma ideia."
"Será que tem algo a ver com aquele show? Talvez ela tenha conhecido alguém... Pra dizer a verdade, acho que ela está apaixonada."
Pronto! Esse era o fim. Ela realmente gostava dele... 
As lágrimas começaram a aparecer em meus olhos. Tá Ashley se controla! "Pode ser... Mas eu quero conversar com ela."
"Ok, já entendi. Te ligo quando ela chegar. Boa noite Ashley."
"Boa noite Sarah."
Droga, ela sumiu de novo e eu sabia que era com ele. Chega de covardia! Dessa vez a Ay vai ter de me ouvir.


POV Oli


Eu não conseguia falar, havia um nó em minha garganta, vários pensamentos percorriam a minha cabeça ao mesmo tempo.
Como isso foi acontecer?! Quer dizer, óbvio que eu já havia me descuidado antes. Mas isso nunca aconteceu, ao menos, não que eu procurasse saber.
O que eu devia fazer agora? Estava claro que eu gostava dela, mas eu a amava? E, o quê? Eu deveria ter um filho?!
"Oli!" Ela gritou e seus olhos também estavam cheios de lágrimas.
Como eu não conseguia falar eu só a abracei. Ela ficou chorando no meu peito por uma hora, até se acalmar um pouco. Eu tinha de falar alguma coisa, mas quando eu falo em horas com essa, eu digo o que penso. Não queria dizer nenhuma besteira.
O que eu digo? Eu te amo.
"Não posso ser pai agora. nem quero." Meerda, eu sabia que não devia ter aberto a boca.
Ela me empurrou. "Vai se fuder!" Era horrível vê-la chorando e saber que era por minha culpa. 
"Acha que eu não sei disso? Eu sei que você não quer ser pai. Mas eu também não queria ser mãe agora. Por isso eu não queria sair com você hoje. Você iria pra casa, iria esquecer essa história toda. Eu iria abortar e tudo ficaria bem."
Abortar?! Eu não queria ser pai, mas isso doeu mais do que tudo que ela já disse. Eu queria dizê-la pra ficar com a criança, que nós iríamos dar um jeito. Mas eu sabia que iria me arrepender depois. Eu me conhecia.
Queria mais do que nunca obedecer àqueles olhos, com a mesma intensidade que queria voltar correndo pra casa. 
Eu tinha que fazer uma decisão, e rápido. "Aborte."
"O quê?!" Ela ficou muito brava. "Eu tinha mesmo razão no fim das contas. Eu fui só uma noite. Sabia que te contasse isso você iria correr, só não esperava que fosse tão rápido."


POV Aya


Porra! Eu sabia que isso ia acontecer. Então por que doía tanto?
"Eu não menti, eu gosto de você. Mas não posso ter um filho agora."
"Claro, eu entendo." Disse com ironia.
"Se não fosse por isso, nós poderíamos ficar juntos." Ele era mesmo um filho da puta, disso eu já sabia. Mas isso doeu ainda mais.
"Eu não vou abortar e ficar com você! Eu sabia que você não iria querer ser pai, mas eu não sou uma das suas fãs idiotas que fariam qualquer coisa pra ficar com você." Eu não pude evitar as lágrimas não paravam de cair.
Ele me abraçou de novo. Mas em que diabos ele está pensando?! 
Eu o empurrei. "O que você pensa que está fazendo?" Ótimo, ele também estava chorando.
Como ele podia ser tão idiota? Eu também gostava dele, e queria ficar com ele. Mas eu não podia fazer isso!
"Eu vou abortar..."
Ele se levantou e começou a procurar alguma coisa. Pude vê-lo voltando com um espelho e colocando-o na minha frente.
"O que você está fazendo?"
"Como se luta contra a Medusa?"
Eu olhei meus olhos no espelho. "Vai se fuder Oliver!! Você acha que eu quero isso? Eu queria poder ter esse filho com você, mas não tem outro jeito!"
Ele abaixou o espelho. "Então aborte." E então sorriu.
Ele devia estar louco! Mas eu não queria mais discutir, não aguentava mais aquilo, só queria voltar pra casa...
"Quero ir pra casa..."
"Ok..."


POV Ashley


Corre, corre, corre! Eu tenho que chegar lá o mais rápido possível. A sarah já tinha deixado a porta aberta pra mim, foi só subir as escadas.
"Aya precisamos conversar." Mas afinal o que aconteceu? Ela parecia estar morta.
"Não é uma boa hora Ashley." Ela me chamou pelo nome e estava séria. Mau sinal, mas eu tinha que falar com ela!
"Nunca é uma boa hora. Eu realmente preciso conversar com você."
Ela olhou pra mim e percebeu que eu estava séria. "Ok, diga."
"O que aconteceu entre você e o Oli?" 
Ela mudou sua expressão drasticamente, agora parecia estar confusa e com medo ao mesmo tempo. "Por que você acha que tem algo entre nós?"
"Onde você estava àquela noite e onde você estava hoje?" Tive de pressioná-la.
Ela afundou seu rosto nas mãos e começou a chorar. Eu não fazia a mínima ideia do que tinha acontecido, essa cena me apavorou. Queria abraçá-la e dizer que estava tudo bem, mas eu não sabia por que ela estava assim.
"Me perdoa Ash."
"Pelo quê?"
"Só... Me perdoa, por favor..." Sua voz estava tão submissa... Eu queria dizer que sim.
"Ay, se eu não souber o que é, eu não posso..."
"Eu estou grávida Ash."
O QUÊ?! MINHA Aya grávida?! O que aquele desgraçado fez com ela?! Eu juro que vou matá-lo. "Foi tudo culpa daquele Oliver não foi?!"
Ela balançou a cabeça. "Não, eu também quis." Isso doía. "Eu não sei o que fazer Ash."
As lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Eu também não sabia o que fazer. Mas não podia deixá-la sozinha.

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